Medida vai ampliar a capacidade de assistencial e minimizar a sobrecarga do sistema de saúde durante o período sazonal de doenças respiratórias 465e4m
Com o intuito de atender à demanda crescente por serviços pediátricos durante a sazonalidade das doenças respiratórias, o Governo de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), anunciou, na última terça-feira (1/4), a pronta disponibilização de 12 leitos semi-intensivos no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), que integra a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Esta iniciativa integra um plano de contingência destinado a aumentar a capacidade assistencial, visando minimizar a sobrecarga do sistema de saúde durante as estações outono e inverno.
“O que estamos comunicando hoje é uma ação planejada pelo Estado, com a implementação destes 12 leitos que estão adequadamente preparados para acolher pacientes em estado mais grave oriundos do pronto-atendimento ou encaminhados pela regulação estadual”, articulou Fábio Baccheretti, o secretário de Estado de Saúde, durante a coletiva à imprensa.
“Medidas como essa visam atender à crescente demanda por atendimentos pediátricos, especialmente em casos de bronquiolite que requerem monitoramento dos níveis de oxigênio e e especializado da equipe médica infantil, além dos cuidados multidisciplinares oferecidos por fisioterapeutas. Simultaneamente, já dispomos de dez leitos na unidade de terapia intensiva prontos para serem utilizados caso seja necessário”, completou.
Os leitos semi-intensivos têm como objetivo acelerar o fluxo de atendimento aos pacientes que demandam cuidados adicionais, como ventilação moderada, permitindo assim a liberação das emergências para aqueles com quadros menos graves.
O secretário enfatizou os esforços do governo estadual para assegurar o atendimento infantil através do aumento no número de profissionais da saúde alocados ao hospital.
“Foram contratados 44 médicos, 16 enfermeiros, 49 técnicos em enfermagem e 13 fisioterapeutas especificamente para este período crítico. Contamos com estrutura física e humana suficiente para atender essa demanda que pode crescer entre 50% e até 100% da média habitual,” destacou.
O serviço de pronto atendimento poderá ser ampliado com a adição de dois consultórios provenientes do Ambulatório de Especialidades situado no segundo andar do HIJPII. As equipes multidisciplinares também serão reforçadas com potencial ampliação do quadro médico no PA durante os períodos mais críticos.
Baccheretti ressaltou ainda que Belo Horizonte tem enfrentado menores pressões referentes à disponibilidade de leitos após o acrescento superior a 80 leitos pediátricos em várias cidades do interior mineiro.
“Governador Valadares não possuía leitos da unidade intensiva pediátrica há dois anos; atualmente existem 20 disponíveis. Expandimos nossa infraestrutura em Montes Claros, Patos de Minas e diversos outros municípios reduzindo assim nossa dependência da capital,” completou.
Dados
Segundo informações compiladas pela Fhemig, nos períodos sazonais relacionados às doenças respiratórias nos anos de 2023 e 2024 (de março a maio), o HIJPII registrou uma média mensal aproximada de 534 internações pediátricas — um aumento considerável correspondente a 39,43% se comparado aos meses anteriores. O pronto atendimento contabilizou cerca de 4.721 atendimentos mensais nesse intervalo específico representando um crescimento significativo da ordem de 47,07% em comparação à média usual.
Para mitigar tanto os casos mais sérios quanto as fatalidades resultantes das doenças respiratórias, a SES-MG recomenda enfaticamente a vacinação contra influenza, covid-19 e coqueluche. As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.
“Implementaremos campanhas educativas nas escolas sobre vacinação rotineira; vale ressaltar que agora a vacina contra influenza faz parte integrante do Programa Nacional de Imunização e será ível ao longo do ano inteiro. Assim sendo, é crucial que tanto adultos quanto crianças atualizem suas vacinas para garantir proteção adequada”, enfatizou Baccheretti.
Ademais, deve-se salientar que as normas básicas relacionadas à higiene pessoal incluem práticas simples como higienização das mãos com álcool em gel ou líquido concentrado (70%) bem como o uso obrigatório ou recomendado das máscaras faciais em ambientes fechados ou onde haja grande concentração populacional. No surgimento dos sintomas respiratórios comuns tais quais coriza, tosse persistente febril ou dor corporal aguda demandas atenção especial buscando consultas nas Unidades Básicas ou encaminhamentos urgentes nas Unidades Pronto Atendimento (UPA).