Itabira: De Vila Mineradora a Capital Cultural do Ferro
Por [Erica Cristina], em 25 de maio de 2025
Itabira, MG – Conhecida como a “Capital Nacional do Ferro”, Itabira carrega uma história marcada pela riqueza mineral, pela poesia de Drummond e por transformações econômicas e culturais. Fundada em 1848, o município surgiu como um pequeno arraial minerador, mas foi no século XX que se tornou um dos pilares da industrialização brasileira, graças à exploração do minério de ferro pela Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce).
Raízes Mineradoras e Crescimento
Localizada no coração de Minas Gerais, Itabira teve seu destino ligado às montanhas ricas em minério. A partir da década de 1940, a extração em larga escala transformou a cidade em um polo econômico, atraindo trabalhadores de todo o país. No entanto, a atividade mineradora também trouxe desafios, como impactos ambientais e a dependência de um único setor.
O Legado de Drummond
Itabira é terra de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas brasileiros. Sua obra retrata a relação afetiva e crítica com a cidade natal, como no famoso verso: “Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!”. Hoje, o Memorial Carlos Drummond de Andrade e o Museu de Território Caminhos Drummondianos preservam sua memória, atraindo turistas e amantes da literatura.
Desafios e Renascimento Cultural
Com o declínio da mineração em algumas áreas, Itabira busca diversificar sua economia, investindo no turismo histórico e ecológico. O Parque Natural Municipal da Água Vermelha e o Pico do Amor são alguns dos atrativos que revelam a beleza natural da região. Além disso, eventos como o Drummond Itabirano celebram anualmente a cultura local.
Itabira Hoje
Atualmente, a cidade equilibra seu ado industrial com um futuro que valoriza sustentabilidade e identidade cultural. A antiga vila mineradora, que já foi símbolo da riqueza do subsolo brasileiro, hoje se reinventa como um destino que une história, poesia e natureza.
“Terra de muitas lutas e belezas, Itabira segue escrevendo sua história – não só no ferro, mas no coração de seu povo.”